Deixo aqui aos leitores deste espaço os meus votos para que tenham umas entradas muito felizes em 2010, e que o Ano Novo seja recheado de sucessos, quer a nível pessoal quer a nível desportivo.
100 000 visitas. Para um espaço que se prende apenas com o estudo e a análise das regras e leis de Andebol, é muito significativo. Muito obrigado! E como sempre digo... este espaço é de todos, para todos.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
ACUMULAÇÃO DE SANÇÕES - JOGADORES
Já não estava habituado a estar 3 dias sem ligar o computador, mas esta altura do Natal obriga-nos sempre a sair da rotina. Espero que todos os leitores deste espaço tenham tido um Natal muito feliz, e faço votos para que esta pausa natalícia permita a todos ganhar força para a noite de fim de ano... :)
Hoje falo um pouco de um tema que obriga sempre a fazer um pouco de matemática.
A acumulação de sanções a jogadores e a oficiais não se processa da mesma forma, e hoje falo apenas daquilo que diz respeito a jogadores.
Em jogos sem exclusões simultâneas as contas são fáceis de fazer, mas por vezes as coisas complicam-se e torna-se imperioso um pouco de cautela quando surge a necessidade de actuar disciplinarmente com frequência.
O melhor é falar usando casos práticos.
- Jogador excluído aos 15m10, reincide em comportamento anti-desportivo e é novamente excluído antes do jogo começar.
O jogador cumpre 4 minutos de suspensão e só reentra aos 19m10. A equipa fica reduzida durante este tempo de UM jogador. - Jogador excluído aos 15m10, entra em comportamento anti-desportivo grave e é desqualificado antes do jogo começar.
O jogador não reentra em campo. A equipa fica reduzida durante 4 minutos de UM jogador, ou seja, fica completa aos 19m10. - Jogador excluído aos 15m10, e agride um adversário antes do jogo começar.
O jogador não reentra. A equipa fica reduzida de UM jogador até ao fim do jogo. - Jogador excluído aos 15m10. O jogo recomeça. Já no banco, o jogador entra em comportamento anti-desportivo e é sancionado com exclusão aos 15m15.
Ao jogador são atribuídas 2 exclusões. Esse jogador só reentra aos 17m15.
É retirado um elemento do campo para cumprir o tempo restante da primeira sanção. Este elemento pode entrar a qualquer momento desde que outro saia para manter a inferioridade numérica dessa equipa até aos 17m10. Não é averbada nenhuma exclusão a esse jogador que sai para cumprir o tempo do verdadeiro infractor.
Entre os 15m10 e os 15m15: equipa reduzida de UM elemento.
Entre os 15m15 e os 17m10: equipa reduzida de DOIS elementos.
Entre os 17m10 e os 17m15: equipa reduzida de UM elemento.
Com esta forma de apresentar as situações, torna-se (penso!) mais claro entender este tipo de situações que obriga sempre a contas.
Como sempre, quaisquer dúvidas, não hesitem em dizer.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
OPINIÃO - TÉCNICA / TÁCTICA
Antes de mais, novamente peço desculpa pela fraca actualização do blogue. Tenho tido umas semanas absolutamente preenchidas, e tem-me sido difícil escrever. Mas agora arranjei um tempinho.
O meu post hoje é mais uma opinião pessoal do que uma indicação.
Devem os árbitros perceber de técnica e táctica? Devem os treinadores e atletas ter formação em regras e aplicação das leis de jogo?
Na minha opinião, ABSOLUTAMENTE SIM!
A minha forma de pensar vale o que vale, mas as nossas performances individuais só melhorarão se o trabalho for conjunto. Só teremos melhores árbitros se estes tiverem a colaboração das equipas e só teremos melhores atletas se tivermos melhores árbitros. Logo, a formação tem de ser mútua.
Um exemplo de como é extremamente útil aos árbitros perceberem de táctica está nas marcações individuais. Saber como se posicionar é da maior importância a um árbitro que se vê numa situação destas. Um mau posicionamento origina más avaliações de um lance e a possível colisão com um atleta.
Outro exemplo de como conhecer técnica individual pode melhorar a nossa actuação é nos casos dos bloqueios dos pivots, que nos permitirá distinguir um bloqueio de uma falta atacante.
Se formos para o outro lado da barricada, perceber que a tendência de um árbitro a estar especialmente atento à duração de um ataque de uma equipa em inferioridade numérica é grande, e isso pode levar ao planeamento de uma melhor estratégia de ataque sem se ser surpreendido pelo braço no ar.
Isto são só exemplos muito simples! Já nem vou falar dos atritos desnecessários que existem, e muitos deixariam de existir se houvesse trabalho em conjunto, em que as partes se desenvolveriam de forma não isolada. Muitas vezes ouvimos protestos em situações inacreditáveis de desconhecimento de regras, mas também há árbitros que correm o risco de estragar um jogo com más decisões oriundas do não conhecimento da técnica e da táctica das equipas.
Pode ser uma utopia minha, mas sempre insistirei no trabalho em conjunto até me provarem que não é a melhor solução.
O meu post hoje é mais uma opinião pessoal do que uma indicação.
Devem os árbitros perceber de técnica e táctica? Devem os treinadores e atletas ter formação em regras e aplicação das leis de jogo?
Na minha opinião, ABSOLUTAMENTE SIM!
A minha forma de pensar vale o que vale, mas as nossas performances individuais só melhorarão se o trabalho for conjunto. Só teremos melhores árbitros se estes tiverem a colaboração das equipas e só teremos melhores atletas se tivermos melhores árbitros. Logo, a formação tem de ser mútua.
Um exemplo de como é extremamente útil aos árbitros perceberem de táctica está nas marcações individuais. Saber como se posicionar é da maior importância a um árbitro que se vê numa situação destas. Um mau posicionamento origina más avaliações de um lance e a possível colisão com um atleta.
Outro exemplo de como conhecer técnica individual pode melhorar a nossa actuação é nos casos dos bloqueios dos pivots, que nos permitirá distinguir um bloqueio de uma falta atacante.
Se formos para o outro lado da barricada, perceber que a tendência de um árbitro a estar especialmente atento à duração de um ataque de uma equipa em inferioridade numérica é grande, e isso pode levar ao planeamento de uma melhor estratégia de ataque sem se ser surpreendido pelo braço no ar.
Isto são só exemplos muito simples! Já nem vou falar dos atritos desnecessários que existem, e muitos deixariam de existir se houvesse trabalho em conjunto, em que as partes se desenvolveriam de forma não isolada. Muitas vezes ouvimos protestos em situações inacreditáveis de desconhecimento de regras, mas também há árbitros que correm o risco de estragar um jogo com más decisões oriundas do não conhecimento da técnica e da táctica das equipas.
Pode ser uma utopia minha, mas sempre insistirei no trabalho em conjunto até me provarem que não é a melhor solução.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
INVERSÃO DO SENTIDO DE JOGO
Já não é a primeira vez que me colocam questões relacionadas com a inversão do sentido de jogo.
Vou tentar colocar esta questão de uma forma simples, para que pelo menos os leitores deste blogue possam ficar definitivamente esclarecidos.
Não me vou referir a situações de âmbito técnico como passos, dribles ou faltas atacantes, mas apenas a situações derivadas de sanções disciplinares.
A sanção pode ser aplicada aos jogadores ou aos elementos presentes no banco da equipa, ou ainda em caso de substituições irregulares. Basicamente, qualquer sanção disciplinar pode dar origem a uma inversão de sentido de jogo, se acontecer uma coisa básica: o jogo não pode estar interrompido e a bola tem de estar na posse da equipa sancionada.
Por "jogo interrompido" entendo todas as situações em que a bola não esteja em movimento, tal como:
- Bola em direcção ao meio campo, após golo;
- Antes da execução de um lançamento 7m ou 9m, por exemplo, após falta;
- Jogo parado para assistência a um jogador lesionado.
Em situações como as descritas, a bola deve continuar na posse da equipa sancionada.
Em jogo corrido, a bola deve passar para a posse da outra equipa.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
(DES) MARCADORES ELECTRÓNICOS
Mais uma vez, deixo um post devido a um pedido de uma opinião pessoal. No caso de hoje, sobre os marcadores electrónicos existentes nos pavilhões.
Pessoalmente, prefiro quando existem 2 marcadores, um em cada topo do pavilhão, por cima das balizas. Facilita muito mais quando é necessário olhar para lá, porque na maior parte do tempo estamos de frente para uma das balizas, e se houver necessidade de recorrer a eles durante uma circulação de bola essa tarefa torna-se bastante rápida. Mas obviamente isso não é sempre possível.
Mas o que me leva mesmo a escrever este comentário é o mau estado de alguns marcadores electrónicos, que tornam, por vezes, quase inútil a sua existência.
Qual é o papel dos marcadores públicos? Tornar claro para TODOS o tempo e o resultado. Por TODOS refiro-me a jogadores, dirigentes, treinadores, equipa de arbitragem, e público...
Vejamos um exemplo de uma situação que pode ocorrer (já não é a primeira vez), devido ao mau estado de um marcador público, imaginando que o segmento que distingue um "9" de um "8" está avariado e não acende:
- Jogador excluído aos 17m01
- Jogador vem para o banco, sabendo que pode entrar aos 19m01
- O jogo recomeça e quando o jogador olha para o marcador, vê 19m06 e entra
- O oficial de mesa interrompe o jogo e informa que o tempo de jogo é, na verdade, 18m06
- Jogador vê nova sanção de 2 minutos
Isto vai prejudicar uma equipa, criar atritos desnecessários, o público dificilmente vai compreender, etc... Tudo por uma confusão evitável.
Entendo que este é um momento financeiramente difícil para a sociedade em geral, e para os clubes em particular, mas ter um marcador público a funcionar correctamente é contribuir para um bom espectáculo.
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