A Federação de Andebol de Portugal já publicou no seu site as orientações técnicas para a época 2015/2016. Uma vez que as ações de formação para os árbitros nacionais ainda estão em curso, não vou aqui escrever sobre essas orientações, até porque são bastante semelhantes às do ano anterior.
No entanto, assumo o dever de escrever sobre aquela que, ao mesmo tempo que premeia o respeito e o fair-play, é também aquela que pode causar mais confusão nas pessoas menos familiarizadas com o assunto.
A Orientação nº 12 é referente à amostragem do cartão branco.
Não se admire quem for assistir a um jogo da fase nacional dos campeonatos nacionais de iniciados masculinos e femininos, se vir o árbitro exibir o cartão branco a um atleta.
Esse cartão será a valorização pública de um gesto de respeito e fair-play. Há muitos exemplos de situações que podem culminar na amostragem do cartão branco, e estou certo de que elas ocorrerão, e de que os árbitros as saberão assinalar em devido tempo.
Este cartão põe, igualmente, alguma justiça no papel do árbitro. Assim, o árbitro deixa de ser só encarado como alguém que pune e sanciona negativamente as ações de um jogador, para passar a ser alguém que valoriza e premeia a correta forma de estar de um atleta em campo.
Não pretendo aqui falar do regulamento do cartão branco, apenas destacar a importância que a boa aplicação deste gesto pode ter no desenvolvimento, mais ainda que de atletas, dos homens e mulheres do futuro.