Como tantas outras vezes, peço desculpa pela não actualização do blogue como eu queria e faria sentido, mas o tempo não estica e faço o melhor que posso...
O post de hoje tem origem numa frase que um jogador juvenil me disse no outro dia durante um jogo:
"Olhe bem para o pivot deles! Parece que está a defender!"
Ora, esta forma de pensar está errada, e por uma razão muito simples. O atacante e o defesa têm os mesmos direitos no terreno de jogo, e podem fazer as mesmas coisas (também estão impedidos do mesmo, obviamente...).
A tendência natural de quem é mais novo na arbitragem e/ou tem menos experiência é, em caso de dúvida, marcar um livrezito de 9m quando não se sabe bem quem fez a falta, porque é o que causa menor discussão.
Por outro lado, no jogo de pivots, a tendência é permitir mais contacto aos defesas que aos atacantes que, se fizerem um movimento mais brusco, se vêm penalizados com uma falta atacante.
Isto é o normal quando há pouca experiência, e sim, já passei por essa fase. Só o tempo, os jogos e o trabalho nos ajuda a corrigir este defeito. E não é tão fácil assim...
A luta pelo espaço e pela posse de bola deve ser ajuizada de igual forma para ambas as equipas, com as respectivas penalizações a poderem surgir de igual modo para qualquer lado. O que se permite a um, tem de se permitir a outro!
No caso específico dos pivots, se os atacantes não devem jogar de braços abertos, pois só podem ocupar o espaço que o seu tronco ocupa, também os defesas devem ser julgados pela mesma lei.
As fotos em cima são exemplos de contactos atacantes/defensivos com partes do corpo que não o tronco.
Obviamente não podemos ser absolutamente literais, porque o andebol é um desporto de contacto e de luta, mas quero apenas, ao mostrar estas fotos, exemplificar situações que devem ser julgadas de igual forma, independentemente de quem ataca ou defende.