quarta-feira, 18 de maio de 2016

REPOSIÇÃO RÁPIDA APÓS LANÇAMENTO DE SAÍDA

Foi-me colocada esta questão, que surgiu este fim de semana após uma conversa entre um treinador e um árbitro.

Há alguma restrição para a direção do passe efetuado pelo executante de um lançamento de saída?

Não, não há. Mas vamos à explicação.
Vou direto ao texto da regra 10:3, porque é bastante claro.

10:3 O lançamento de saída é executado em qualquer direcção a partir do centro do terreno de jogo (com uma tolerância lateral de cerca de 1.5 metros). É precedido por um sinal de apito, após o qual deve ser executado dentro de 3 segundos (13:1a, 15:7 3.º paragrafo). O jogador que executa o lançamento de saída deve estar com pelo menos um pé em contacto com a linha central e o outro pé sobre ou atrás da linha (15:6) e deve permanecer nessa posição até a bola deixar a sua mão (13:1a, 15:7 3.º paragrafo). (ver também Esclarecimento N.º 5).
Não é permitido aos companheiros de equipa do executante cruzar a linha central antes do sinal de apito (15:6).

Explicando agora frase por frase.

O lançamento de saída é executado em qualquer direcção a partir do centro do terreno de jogo (com uma tolerância lateral de cerca de 1.5 metros).
Penso que é claro. O passe não tem de ser feito para trás. E o que é essa tolerância de 1.5 metros?
Muitos já terão reparado que no meio campo existem 3 metros de linha pintados de cor diferente, sobreposto à linha de meio campo. Na foto que coloco a seguir, repare-se na linha vermelha de 3 metros de comprimento que se sobrepõe à linha de meio campo. A partir do meio campo, há 1.5 metros para cada lado. É esta a tolerância que o executante do lançamento de saída tem para o executar.


É precedido por um sinal de apito, após o qual deve ser executado dentro de 3 segundos (13:1a, 15:7 3.º paragrafo).
Qualquer lançamento de saída tem de ser precedido por apito. A maioria dos lançamentos que ocorrem durante um jogo não necessita de apito do árbitro. O lançamento de saída necessita SEMPRE. Os 3 segundos são uma disposição geral para a execução de lançamentos.

O jogador que executa o lançamento de saída deve estar com pelo menos um pé em contacto com a linha central e o outro pé sobre ou atrás da linha (15:6) e deve permanecer nessa posição até a bola deixar a sua mão (13:1a, 15:7 3.º paragrafo). (ver também Esclarecimento N.º 5).
A ideia aqui é deixar claro que nenhum pé deve estar no meio campo adversário aquando da execução do lançamento de saída. Pode estar no ar, atrás, sobre a linha, não importa... à frente é que não pode estar. Isso significaria que o próprio executante teria ultrapassado a linha de meio campo antes da sua execução.
Considera-se o lançamento executado quando a bola deixa a sua mão.

Não é permitido aos companheiros de equipa do executante cruzar a linha central antes do sinal de apito (15:6).
Após o apito, os colegas do executante PODEM ultrapassar a linha de meio campo, o que quer dizer que o lançamento pode ser executado através de UM PASSE PARA A FRENTE.
Realço que a regra nada refere acerca dos elementos da equipa adversária aquando da execução de um lançamento de saída após golo. No início de qualquer das partes, todos os elementos deverão estar no seu meio campo.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

CURSO DE ÁRBITROS - Inscrições


Na Associação de Andebol de Aveiro vamos promover, a partir do próximo dia 13 de maio, 6ª feira, um curso de formação para árbitros regionais estagiários.
As inscrições são gratuitas e, para qualquer informação, devem usar-se os contatos que são fornecidos na imagem.

Fica o apelo a todos aqueles que se interessam pela modalidade e que têm interesse em experimentar outro papel no Andebol, a contactar a sua Associação Regional a fim de se informarem sobre ações de formação previstas.
Não importa de que ponto do país são, não importa que experiência na modalidade têm... experimentar não custa e o saber não ocupa lugar! Além do mais, conhecer várias facetas do jogo tem o mérito de nos tornar melhores em todas elas.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

"VAIS DAR AMARELOS ATÉ AO FIM DO JOGO?"

O título hoje é diferente. Peguei numa das frases que os árbitros mais ouvem (ou, pelo menos, que lhes são dirigidas...), para servir de base ao meu texto de hoje.

Ainda que haja jogadores, treinadores e dirigentes a dizer estas palavras, normalmente são os adeptos que as dizem. Podemos apontar como razões um menor acompanhamento da modalidade, um maior desconhecimento das regras de jogo, o amor desenfreado a um clube ou, quantas e quantas vezes, o simples facto de, quem as diz, ir só acompanhar um filho e não perceber nada do que está a ver. Nada contra isso, acho normal que muitas pessoas não conheçam as regras, mas para lutar contra isso existem os espaços como este em que se pretende dar uma visão "do lado de cá" do andebol.


Ponto de partida: num jogo, os atletas de uma equipa podem ver 3 cartões amarelos (advertências) e os oficiais (treinadores e outros dirigentes inscritos no boletim de jogo) mais um amarelo no total.
O comentário à regra 16:1 diz que:

16:1 Comentário:
A um jogador individualmente não deve ser dada mais de uma advertência, e a uma equipa não devem ser dadas mais de 3 advertências no total; Depois disto, a sanção deverá ser pelo menos uma exclusão de 2 minutos.
A um jogador que já teve uma exclusão de 2 minutos não deve posteriormente ser advertido.
No total os oficiais de equipa não devem ser sancionados com mais do que uma advertência.

Mas nada obriga a que haja o total das advertências possíveis. Tudo depende do jogo, da gestão que cada dupla de árbitros faz desse jogo, da sua análise dos lances, das infrações que ocorrerem, de muitos fatores. Se for preciso sancionar disciplinarmente com mais vigor "antes de acabarem os amarelos", deve-se fazê-lo!

Além disso, nada impede que, nas circunstâncias adequadas, não possam ser advertidos alguns atletas após a ocorrência de exclusões ou desqualificações. Por exemplo, se um jogador, no primeiro lance do jogo, der um murro na boca de um adversário, esse jogador tem obrigatoriamente de ser desqualificado. Sem dúvida. Ponto. No entanto, se mais tarde um colega agarrar o pivot adversário ou cometer uma outra falta passível de advertência, não há motivo para não se exibir o cartão amarelo se se adequar.

Por isso, até quando se deve dar cartões amarelos? Até ao momento que cada jogo ditar.