sábado, 30 de maio de 2009

"GUARDA-REDES AVANÇADO"

Não há nada que impeça um guarda-redes de jogar à frente, desde que se cumpra uma simples regra, a do equipamento.

O Equipamento
4:7 Todos os jogadores de uma equipa têm que usar equipamento idêntico. As combinações de cores e desenhos para as duas equipas devem ser claramente distintas uma da outra. Todos os jogadores utilizados como guarda-redes de uma equipa têm que usar a mesma cor, que deve distinguir-se dos jogadores de campo das duas equipas e dos guarda-redes da equipa adversária.
Não importa se uma camisola é parecida com a outra. Tem de ser igual!
Se se quiser utilizar um jogador de campo no ataque, muitas vezes como medida desesperada, esse jogador tem de jogar com uma camisola (ou colete) da mesma cor dos guarda-redes! Não é por ser um jogador normalmente de campo que se vai permitir que jogue de verde, se a equipa jogar de amarelo e os seus guarda-redes de vermelho! Se se quiser utilizar um jogador de campo como guarda-redes avançado ele deve, neste caso, jogar de vermelho!
Admito que se facilite num escalão de infantis, por exemplo, numa competição regional... Mas mesmo assim os clubes já tiveram tempo de se preparar para isso, pois esta medida já tem alguns anos... Nos nacionais não se pode aceitar um guarda-redes de vermelho e outro de verde...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

SANÇÕES EM JOGO PASSIVO

Hoje falo um pouco das sanções em jogo passivo e das suas consequências.
Convém desde já referir as situações que podem levar ao fim da iminência de jogo passivo e, como resultado, ao baixar do braço por parte da dupla de arbitragem, mantendo a equipa atacante a posse da bola:
  1. Bola a embater no poste
  2. Bola a embater na barra
  3. Bola defendida pelo guarda-redes
  4. Sanção disciplinar à equipa defensora

Para esta análise, vamos partir do pressuposto que os árbitros já estão com o braço levantado.

Quanto aos 3 primeiros pontos, não me parece haver grande dúvida. Quando a equipa atacante efectua um remate e a bola bate na estrutura da baliza ou no guarda-redes, e ressalta de novo para a equipa atacante, esta pode reorganizar o seu ataque, e os árbitros devem baixar o braço, permitindo mais tempo de ataque.

Quanto às sanções que levam ao baixar do braço, todas elas são consideradas! Ou seja, a jogadores ou oficiais, advertência, exclusão, desqualificação ou expulsão, todas elas levam ao baixar do braço dos árbitros, desde que sejam à equipa defensora, obviamente.
Há casos em que após a amostragem do cartão amarelo, os defensores continuam a pedir passivo. Ao dizermos que a sanção faz terminar a iminência de passivo, a resposta muitas vezes é "com o amarelo também?". Sim, com o amarelo também.

Quero também deixar 2 considerações.

  1. Em todas estas situações, o árbitro deve dar mais tempo, mas não tanto como se a equipa tivesse acabado de chegar ao ataque. A explicação é que a equipa está a REORGANIZAR o seu ataque, e não a ORGANIZÁ-LO de raíz.
  2. Um pedido de time-out não faz baixar o braço! Há a convicção em algumas pessoas que o jogo passivo termina com um pedido de time-out de equipa, mas não. Bem pelo contrário, os árbitros deverão estar sempre muito atentos a estas situações, porque a interrupção pode originar uma quebra de concentração e pode ocorrer um esquecimento de que o braço estava já levantado...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

LIVRES APÓS SINAL FINAL

Não haverá muito a dizer sobre esta situação, tirando algumas ressalvas.

A regra diz que:

2:4 Infracções e condutas antidesportivas que tenham lugar antes do, ou simultaneamente com, o sinal final (para o meio-tempo ou para o fim do jogo e também para os prolongamentos) serão punidas, mesmo que o lançamento livre resultante ou o lançamento de 7 metros não possam ser executados sem ser após o sinal final. (...)

Todos sabemos isto. O que nem todos sabemos é que:

(...) De forma semelhante, o lançamento deve voltar a executar-se se o sinal final (para meio-tempo ou fim de jogo e também para os prolongamentos) tiver soado precisamente, quando estava a ser executado um lançamento livre ou lançamento de 7 metros, ou quando a bola já estava no ar, após a sua execução.

Ou seja, se um jogador tentar rematar directamente à baliza na execução de um livre, por exemplo aos 29m59, entretanto soar o sinal final, e depois a bola entrar na baliza, o golo não é válido! O lançamento tem de ser repetido! O jogo será terminado após ser conhecido o resultado imediato da execução do livre.
Na execução do livre após sinal final, temos de atentar em outro assunto: as substituições.

Só é permitida uma, à equipa atacante, para o marcador do livre (nem em boa verdade outra coisa faria sentido), visto que o executante deverá estar sozinho num raio de 3m em seu redor. Nem colegas poderão estar junto dele.

Qualquer substituição da equipa defensora deverá ser punida com uma exclusão de 2m.

terça-feira, 5 de maio de 2009

BOLA FORA vs PÉ FORA - 2

Hoje falo do ponto que tinha deixado em aberto: em caso de irregularidade nestas situações, o que assinalar?
Antes de mais, transcrevo parte da regra:

11:1 Um lançamento de reposição em jogo é ordenado quando a bola cruzou completamente a linha lateral, ou quando um jogador de campo da equipa que defende foi a último a tocar a bola antes desta cruzar a sua própria linha saída de baliza da sua equipa (...).
A regra é clara. Se a bola sai, deve ser ordenado lançamento de reposição em jogo, e o jogo deve ter o seu reinício com lançamento lateral, ou na intersecção dessa linha com a linha de fundo. Até aqui, tudo pacífico de aceitar. Mal era!
Mas se a bola não sai e o jogador sai, deve ser ordenado um lançamento livre, dentro do campo, e não lançamento lateral! Cá vão dois exemplos:
  1. Jogador em contra-ataque, contorna um defesa por fora do campo para ir apanhar a bola mais à frente;
  2. Jogador ponta ganha lanço para efectuar o remate, partindo de fora do campo para receber a bola dentro.

Nestes casos, deve ser assinalada falta, e não lançamento lateral!