sábado, 31 de janeiro de 2009

PASSOS / APOIOS

É possível que esta questão suscite muitas dúvidas e discussão...
Andei à procura do vídeo mas não o encontrei. Assim que tiver tempo vou procurar melhor, que o meu tempo também não tem sido muito, e depois ponho aqui.

Mas vamos à questão.

Nunca há mais passos que apoios. Ou há mais um apoio do que passos ou são em igual número. Vamos imaginar as seguintes situações.
  1. O jogador apanha a bola no ar, cai com um pé e depois cai com o outro
  2. O jogador apanha a bola no ar e cai com os 2 pés
  3. O jogador apanha a bola no ar, cai com um pé e depois cai com o outro, arrastando o pé para junto do outro
  4. O jogador apanha a bola no ar, cai com um pé e depois cai com o outro, levantando o pé para o juntar ao outro.

No primeiro caso, o jogador efectua 1 apoio ao cair e 1 passo ao cair com o outro pé.

No segundo caso, ao cair com os 2 pés o jogador não dá qualquer passo. Aceito a teoria que já aqui foi deixada de que há 2 apoios, mas ao cair com os 2 pés ao mesmo tempo, entendo que só há 1 apoio. Mas também, para efeitos práticos, é irrelevante...

No terceiro caso, o primeiro pé que cai é 1 apoio e o outro pé dá o primeiro passo, que é o segundo apoio. Arrastar o pé não é considerado passo.

No quarto caso, o primeiro pé que cai é 1 apoio e o outro pé dá o primeiro passo, que é o segundo apoio. Levantar o pé e voltar a pousá-lo é um passo.

Para fundamentar as minhas opiniões, transcrevo o que as regras definem como passo, num excerto da regra 7.3:


7:3 Um passo é considerado dado quando:
a) um jogador que está com ambos os pés no solo levanta um pé e o baixa novamente, ou move um pé de um lado para o outro;
b) um jogador só tem um pé assente no solo e, ao apanhar a bola, pousa o outro pé;
c) um jogador, após um salto para apanhar a bola, só toca o solo com um pé, e salta sobre o mesmo pé ou toca o solo com o outro pé;
d) um jogador, após um salto para apanhar a bola, toca simultaneamente com ambos os pés no solo, levanta um dos pés e volta a pousa-lo, ou muda um dos pés de um lado para o outro.

Comentário:
Conta como um passo, se um pé é deslocado de um lado para outro, e depois o outro pé é arrastado para junto do mesmo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

QUIZ 1 - comentário

Então cá vai...
Este lance é absolutamente legal. Vamos analisar o lance passo a passo:
  1. O Richardson bate a bola;
  2. Ao recolher a bola, completa o primeiro APOIO, com o pé direito - MOMENTO ZERO;
  3. Segundo APOIO, correspondente ao primeiro PASSO, de novo com o pé direito;
  4. Terceiro APOIO, correspondente ao segundo PASSO, com o pé esquerdo;
  5. Suspensão e grande golo.

Logo, 3 APOIOS e 2 PASSOS. O micropoint leva a taça... :)

Todos concordam?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

QUIZ 1

Abro uma nova rubrica aqui no blogue... Vou deixar aqui um vídeo e faço uma pergunta, para vossa reflexão. Emitam opiniões... :)



QUESTÃO: Passos ou não?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

RESULTADO DA SONDAGEM

São estes os resultados da sondagem que promovi.
Daqui podem extrair-se algumas conclusões:
  1. Houve 65 votos de 56 pessoas, o que mostra a participação de várias pessoas com dupla função no andebol.
  2. A maior fatia de votos foi de árbitros (41%), mas curiosamente são os que menos participam, seja ao nível de comentários, como de mails recebidos por mim. Contudo, o facto de visitarem este blogue revela interesse em acompanhar o que se diz.
  3. Somando as percentagens de árbitros e atletas (quem mais interage num jogo) temos a boa soma de 71%.
  4. Os 19% de técnicos que votaram é um número que me agrada razoavelmente, mas gostaria que fosse maior. Cada vez mais, temos de perceber que só o diálogo entre árbitros e técnicos pode melhorar as nossas performances e fazer evoluir a nossa modalidade.
  5. O facto de ter 19% de adeptos foi a minha maior surpresa, uma vez que me agrada que haja pessoas interessadas no Andebol, ainda que não tenham funções em clubes ou Associações, que se interessam por compreender o Jogo.
  6. Tenho pena que haja apenas 2 dirigentes a ler este espaço, pois o conhecimento de situações de jogo é muito importante, mesmo que não se esteja "dentro do campo".
  7. O "Outro", gostava que comentasse e dissesse que posição ocupa.

Gostava apenas de referir que este número anda longe do número real de visitas deste blogue. Nos últimos dias tenho recebido cerca de 50 visitas diárias, e mesmo que considere que há quem cá venha diariamente - e consequentemente só vote uma vez -, se todos os participantes colocassem a sua função, o número seria bem maior que os 56, e a amostra ainda mais representativa.

Agradeço a quem me dá palavras de apreço por ter criado este espaço. Sei que aos poucos ele se espalha, e apelo à divulgação de algo que foi criado para estar ao serviço do Andebol.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

EXCEPÇÕES À DISTÂNCIA DOS 3m?


Este post é mais uma particularidade das regras do que uma regra em si. E há muitas...
Há excepções no respeito pela distância de 3m aquando de um lançamento (livre ou lateral)? Muita gente dirá que não, claro... Arriscaria mesmo dizer que a maioria diria que não pode haver excepções a essa regra! Mas há...
E que me lembre há duas.
  1. Num lançamento de baliza, o jogador da equipa adversária do guarda-redes que vai repor a bola em jogo não precisa de estar a 3 metros, mas apenas fora da área de baliza. Se o guarda-redes estiver encostado à linha não pode exigir que o adversário se afaste, como por vezes acontece...
  2. A outra situação é a do lançamento lateral, perto da linha de saída de baliza. Vamos pensar da seguinte forma... Se um campo de andebol tem 40x20m, significa que metade são 10m (do centro da baliza até à linha lateral). A baliza tem 3m de largura, logo, do meio da baliza até ao poste são 1,50m. Junte-se 6m da área, já faz 7,50m. Sobram 2,50m até à linha lateral... No lançamento lateral nessa zona do terreno, o adversário pode estar a 2,50m do lançador. Dito por outra forma: num lançamento nessa zona do terreno, um jogador da equipa defensora tem 2 hipóteses, ou se coloca a 3m ou se encosta à linha de área de baliza.

Particularidades...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

TIME-OUT EM JOGO PASSIVO

Existe a tendência para alguns jogadores e treinadores pensarem que um pedido de time-out quando a equipa está em jogo passivo faz com que o "passivo vá abaixo", expressão muito comum no vocabulário andebolístico, ou seja, que os árbitros baixem o braço, acabando assim com a iminência de jogo passivo.
Essa forma de pensar é errada, pois nada nas regras o indica. Após os árbitros levantarem o braço, há 4 ocorrências que podem motivar o fim do jogo passivo, permitindo à equipa reorganizar o seu ataque. A saber:
  1. Remate ao poste, ressaltando a bola para a equipa atacante;
  2. Remate à trave, ressaltando a bola para a equipa atacante;
  3. Remate contra o guarda-redes, ressaltando a bola para a equipa atacante;
  4. Sanção disciplinar à equipa defensora.

Outras situações não são passíveis de indicar o fim do jogo passivo!

NOTA 1 - Por favor, continuem a participar na minha consulta;
NOTA 2 - Vou estar na Fase Final da Taça da Liga, em Portimão, pelo que não vou poder actualizar o blogue até Domingo ou 2ª feira. Os comentários aqui deixados entre hoje à noite e essa data só ficarão visíveis na próxima semana, portanto.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

PERGUNTA

Como provavelmente já devem ter visto, na coluna da direita está uma pequena questão. Pergunto qual a função de cada um no Andebol.
Faço-o por dois motivos principais. Um, o menos relevante, é a minha curiosidade, admito... :) Mas o que mais importa, aquele que me motivou mesmo a lançar esta questão, é saber com mais exactidão qual é o meu público-alvo, saber para quem escrevo e com quem comunico. Só assim vou conseguir melhorar o meu trabalho, este meu projecto, e talvez até, poderei tentar direccionar parte do meu discurso aqui.
Peço-vos que só votem uma vez para a amostra ser exacta, e pessoas com dupla função (Ex.: árbitro regional/atleta) poderão seleccionar ambas as respostas.
Respondam, colaborem, porque este espaço também é o vosso espaço, e quanto melhor ele for, mais sairemos todos a ganhar.

sábado, 10 de janeiro de 2009

FALTA ATACANTE... OU SANÇÃO AO GR?

Recebi o seguinte mail, que transcrevo. Esclareço que quem mo enviou é guarda-redes, e esta situação ocorreu num contra-ataque adversário.
"Boa noite, Capela.
Esta semana tentei ganhar uma falta atacante, não consegui e levei amarelo. Disseram-me que não podia ganhar faltas atacantes porque a baliza está deserta e é uma clara oportunidade de golo.
Gostaria de esclarecimentos em relação a este tema.
Sabendo que posso contar sempre com os teus esclarecimentos.
Um abraço."

A MINHA RESPOSTA

"Boas.
Esse argumento que te deram não está correcto. Claro que o guarda-redes pode tentar ganhar uma falta atacante, mas esses lances são sempre de difícil análise. Posso dizer-te o que EU costumo fazer nesses casos. Se o guarda-redes ganha nitidamente o espaço antes do atacante, claro que é falta atacante... Se a chegada é simultânea, ou quase simultânea, por norma sanciono o guarda-redes, porque é um contacto em que o atacante está normalmente de costas à espera de receber a bola e não conta com o embate, percebes? O guarda-redes tem uma visão total do lance, e o atacante normalmente não... é uma regra que joga um bocadinho contra vós e vos exige muito cuidado na abordagem a esses lances.
Esclareci?
Abraço."

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

MARCAÇÃO DE LIVRE DE 7M

Um livre de 7m pode ser assinalado por outros motivos, que não sejam uma falta aos 6m, ou uma violação da área por parte do defesa. É frequente, quando se assinala livre de 7m, o jogador infractor dizer "Mas eu não estava dentro!", e no entanto isso não é condição necessária para se assinalar essa infracção.
O que me leva a escrever este post é uma situação muito particular, e de que nem toda a gente tem conhecimento.
Imaginemos a seguinte situação (que já ocorreu em jogos meus)... Um jogador está isolado em contra-ataque, e ouve-se o som de uma buzina vindo da bancada, que claramente assusta o jogador que vai em contra-ataque e o faz perder o controlo da bola, e me surpreende a mim também. Páro o tempo, e assinalo livre de 7m, perante os protestos da equipa defensora.
No entanto, a regra está do meu lado, e transcrevo-a:

REGRA 14 - O Lançamento de 7 Metros

Decisão de Lançamento de 7 Metros

14:1 Um lançamento de 7 metros é assinalado quando:
(...)
c) uma clara oportunidade de golo é impedida através da interferência de alguém não participante no jogo, por exemplo um espectador entra no terreno de jogo ou então pára os jogadores por intermédio de sinal de apito.
Por analogia, esta regra também se aplica em casos de “força maior” tais como um súbito corte de energia eléctrica que interrompe o jogo precisamente durante uma clara oportunidade de golo.

Um contra-ataque, com o jogador isolado, é considerado uma clara oportunidade de golo. Apesar da equipa defensora não ter culpa da intervenção dos espectadores presentes, o atacante não pode, de forma alguma, ser prejudicado por isso.

sábado, 3 de janeiro de 2009

DRIBLES 2

Ainda sobre o tema "Dribles", gostava de acrescentar um ponto à discussão. Não poderei dizer que é uma regra, muito menos um esclarecimento. É mais um ponto de vista.

Imaginemos o seguinte lance: Um jogador está na defesa, a defender na ponta. Naquele momento, o ponta ofensivo entra a segundo pivot e o defesa acompanha-o, perdendo um pouco a noção de onde a bola está. Há um passe ao pivot, mas este é mal efectuado e bate acidentalmente no defesa que tinha acompanhado o ponta, que até se encolhe um pouco como reacção ao inesperado de ver a bola perto dele. A bola toca nesse jogador, bate no chão, e o jogador onde a bola tinha batido agarra-a e sai em drible para o contra-ataque.

A questão que lanço é: HÁ DRIBLES?
É certo que há um contacto do jogador, que a bola embate no solo depois disso e que o jogador a agarra e volta a driblar... Mas na minha opinião não há, e fundamento com a regra, que volto a transcrever:

7:4 (...)
b) lançar a bola ao solo repetidamente com uma mão (drible)

Considera-se que o drible começou quando o jogador toca a bola com qualquer parte do seu corpo e a dirige directamente para o solo.

Coloquei a negrito as palavras que fundamentam a minha opinião. O jogador não lança a bola nem a dirige para o solo. Ela apenas bate nele...
No entanto, admito que é uma situação susceptível de outras interpretações.