quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

(DES) MARCADORES ELECTRÓNICOS

Mais uma vez, deixo um post devido a um pedido de uma opinião pessoal. No caso de hoje, sobre os marcadores electrónicos existentes nos pavilhões.

Pessoalmente, prefiro quando existem 2 marcadores, um em cada topo do pavilhão, por cima das balizas. Facilita muito mais quando é necessário olhar para lá, porque na maior parte do tempo estamos de frente para uma das balizas, e se houver necessidade de recorrer a eles durante uma circulação de bola essa tarefa torna-se bastante rápida. Mas obviamente isso não é sempre possível.

Mas o que me leva mesmo a escrever este comentário é o mau estado de alguns marcadores electrónicos, que tornam, por vezes, quase inútil a sua existência.

Qual é o papel dos marcadores públicos? Tornar claro para TODOS o tempo e o resultado. Por TODOS refiro-me a jogadores, dirigentes, treinadores, equipa de arbitragem, e público...
Vejamos um exemplo de uma situação que pode ocorrer (já não é a primeira vez), devido ao mau estado de um marcador público, imaginando que o segmento que distingue um "9" de um "8" está avariado e não acende:
  • Jogador excluído aos 17m01
  • Jogador vem para o banco, sabendo que pode entrar aos 19m01
  • O jogo recomeça e quando o jogador olha para o marcador, vê 19m06 e entra
  • O oficial de mesa interrompe o jogo e informa que o tempo de jogo é, na verdade, 18m06
  • Jogador vê nova sanção de 2 minutos

Isto vai prejudicar uma equipa, criar atritos desnecessários, o público dificilmente vai compreender, etc... Tudo por uma confusão evitável.

Entendo que este é um momento financeiramente difícil para a sociedade em geral, e para os clubes em particular, mas ter um marcador público a funcionar correctamente é contribuir para um bom espectáculo.

4 comentários:

Jorge Almeida disse...

Sr. Carlos Capela,

sabe se existe alguma sanção para quem deva ter os marcadores electrónicos a funcionar em ordem, e não os tem?

Sei que a FAP exige a presença de marcadores electrónicos para homologar pavilhões para as provas de seniores. No entanto, não me parece que tais regras consigam ser ultrapassadas por ter no pavilhão um marcador electrónico que não funciona, no fundo, só "para inglês ver". Neste caso, mais vale ter daqueles que se usam, por exemplo, no ténis de mesa, em que se viram os numeros (sempre informam mais que marcadores electrónicos avariados).

Carlos Capela disse...

Concordo consigo, há marcadores manuais bem mais úteis que alguns que por aí vemos...

Mas não sei se há sanções nesses casos. A única função que compete aos árbitros, é a de mencionar tal facto nas ocorrências administrativas do seu relatório do jogo.

Jorge Almeida disse...

Sr. Carlos Capela,

depois de ter lido a sua resposta, acabei por me lembrar que, nos meus tempos de dirigente (há cerca de 10 anos), e dado que tinha um destes "(des)marcadores electrónicos" (que ainda hoje está por arranjar), e no sentido de informarmos as nossas atletas e o publico (e, claro está, a dupla de arbitragem), chegamos a recorrer a um desses marcadores manuais, operando-o desde o banco de suplentes.

O curioso é que registamos (este plural não é o plural majestático, mas sim toda a equipa) que havia duplas de arbitragem que autorizavam, e outras que mandavam retirar aquele marcador "porque sim". Alguns dos árbitros (quer os que estavam a favor, quer os que estavam contra) ainda andam por aí.

Será que, numa situação em que o mostrador do marcador electrónico se encontra avariado, não se pode operar um marcador manual, nem que seja do banco? Se for esse o caso, agradecia que esclarecesse (a mim e aos restantes leitores deste blogue) qual é a regra que impede de operar tais marcadores manuais em situações como esta.

Carlos Capela disse...

Acho essa uma iniciativa positiva, por uma questão de bom senso.
Mas depois é preciso interpretar essa questão à luz dos regulamentos e do contexto de jogo.
Primeiro, segundo as regras, quem tem a responsabilidade de controlar tempo e resultado é a equipa de arbitragem. Permitir que um marcador (ainda que manual) seja operado de um banco, é contornar um bocadinho as regras...
Depois, analisando isso em contexto de jogo, imagine que existe uma discordância entre esse marcador manual e a equipa de arbitragem. Claro que vai prevalecer a indicação da equipa de arbitragem, mas está a criar-se muito previsivelmente um atrito que ultrapassa a zona dos bancos e as equipas, e inevitavelmente se estenderá ao público...