Decorreu hoje a primeira sessão de trabalho na nova época, e com ela o primeiro contacto com as novas regras.
Não penso que sejam causadoras de uma revolução extrema no jogo em si, mas com certeza há algumas coisas que vão mudar. E não mudam só para uma classe, mudam para treinadores, jogadores e árbitros.
Como tudo na vida, cada novo input obriga a uma fase de adaptação. E o José Costa, do Benfica, disse-o muito bem hoje no flash interview à RTP, após o jogo com o Skjern. E também disse outra coisa importante... É que, se já em condições normais é muito difícil aos árbitros manter sempre o mesmo critério quer de jogo para jogo quer ao longo do mesmo jogo, nestas condições é ainda mais difícil mantê-lo.
E vão haver oscilações. Sim, dentro do mesmo jogo também.
O que se espera da nossa parte é que reduzamos ao mínimo o tempo de adaptação a estas novas precisões, algumas das quais já eram aplicadas como orientações, estando agora classificadas como regra.
O que se espera dos treinadores é que eles próprios se vão adaptando em conjunto connosco, e que transmitam as precisões aos seus atletas, preparando-os para tal.
O que se espera dos jogadores é que não esperem pelos seus treinadores e se procurem inteirar das regras e dos novos procedimentos da arbitragem, para evitar surpresas nos jogos, ao mesmo tempo que se adaptam, também em campo, à necessária afinação na sua forma de actuar.
Estamos todos juntos no barco... É bom que todos ponhamos os nossos orgulhos de "eu é que sei" de lado e cheguemos à conclusão que vamos todos aprender uns com os outros. Mas isto digo desde sempre, e não só para esta ocasião em particular...
Quanto às situações de alteração/precisão, existem algumas, mas destaco:
- Contacto com o adversário
- Jogo de pivot (BLOQUEIOS)
- Zona interdita a oficiais
- Definição de critérios para punição de faltas
- Saída do GR
Vou abordar estes temas nos próximos posts.
6 comentários:
Eu tive em Viseu e o que pareceu a mim é que existe 3 alteraçoes que vao causar problemas. Contacto com o adversario, jogo com o pivot e criterios de puniçao. E se na 1 divisao o jogo e antropometria é semelhante, na 2º e 3º Divisao isso não acontece e temo que a "protecção" de jogadores mais fracos fisicamente se vai acentuar ainda mais (é a minha opiniao pessoal. Dou um exemplo um defensor com 100 kgs a agarrar um jogador pivot com 70 kgs....nao ha duvida 2 minuto. E se for ao contrario e jogador de 70 kgs a tentar a agarrar um atacante de 100 kgs??? É porque o Sr. Galambas disse que esta regras protege todos os jogadores e concordo mas o que acontece é que a muita tendencia de protecçao aos jogadores mais fracos isto é, a mesma falta agarrar mas depois como um é mais fraco nao existe a devida puniçao(como ja me disseram: tem bom capado para aguentar com ele?!?!?!) e se reparar so esta questao inclui as 3 situaçoes. Vamos ver. Abraço
Concordo plenamente na probabilidade de esses serem os pontos mais problemáticos. E também concordo que nas divisões secundárias vai ser dificílimo ajuizar sempre correctamente.
Nós, árbitros, devemos tentar ao máximo aplicar os critérios em função das situações e não em função do peso dos intervenientes. Nem sempre dá, admito...
Poderá haver uma tendência para "proteger" os mais leves, não pela sua constituição, mas porque os efeitos dos contactos serão diferentes, e nos "parecerão" situações diferentes. Mas temos de tentar não arbitrar assim...
Um abraço.
Deixo uma questão, tem haver com o pivot. disseram que o pivot tem que fazer os bloqueios com as pernas e os braços ao nivel de ombros, isto é: nao pode ampliar nem braços nem pernas para ocupar um espaço maior. a questao que ponho é em relaçao a recepçao da bola a uma mão e quando o pivot alevanta o braço para a receber. Essa amplitude esta presente porque vai sair fora dessa "norma" o espaço é diminuto. Pode-se considerar falta atacante?
Ja agora, tenho outra duvida lol.
Eu digo aos meus atletas para sair ao portador da bola e existir contacto na altura do remate. Ex: jogador suspende para rematar o meu jogador sai e salta tentado condicionar o remate (aquilo que costuma dizer....bater no braço. continua a ser permitido esse contacto (sabendo que vai ser arriscado porque sendo uma acçao imprevisivel,mais um boocado ao lado pode atingir cara ou pescoço). Mas a questao é saber se um "choque entre os jogadores e o condicionar o remate continua a ser permitido??
Sr. Eng.,
fora de tópico (embora o tópico dê pano para mangas):
Christer Ahl vem, no seu último artigo, com uma pergunta interessante:
Quantos pares de olhos são necessários num jogo de nível de topo?
Link: http://teamhandballnews.com/news.php?item.1092
Jorge, não me parece que isso fosse ser útil. Poderia ajudar, eventualmente, nas situações aos 6m, mas de resto, tenho as minhas dúvidas.
Veja o futebol, na Liga Europa... acho aqueles supostos árbitros de baliza uma parvoíce. Raramente intervêm, mesmo que seja à frente deles!
Em relação à questão do pivot e ao contacto com os jogadores, prefiro desenvolver as minhas respostas nos próximos posts, ok? Conto fazer um já amanhã.
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