segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

INTERFERÊNCIA EXTERNA

Bom dia a todos.
No último post, colocaram-me uma questão e opto por fazer dela um novo tópico. Transcrevo:

"Tenho uma duvida e por não encontrar mais sítio onde tentar esclarecer deixo aqui a pergunta.
Num jogo em que o guarda-redes esta fora da baliza (por hipótese está a participar no ataque ou junto ao seu banco a beber agua, um adversário remata à baliza, e no preciso momento em que a bola viaja no ar para dentro da baliza, um holofote ou candeeiro do pavilhão cai sobre a bola e impede a entrada da mesma na baliza, impensável mas pode acontecer, que deve assinalar o árbitro?"

Resposta:
O comentário à regra 9:1, existente no livre de regras, diz textualmente que:

9:1 Comentário:
Um golo é válido se a bola é impedida de entrar na baliza por alguém ou algo não participando no jogo (espectadores etc.), e os árbitros estão convencidos de que a bola teria ultrapassado a linha de baliza e entrado na baliza caso tal acção não tivesse tido lugar.

Trocando por miúdos... Os árbitros têm de estar 100% convencidos de que a bola entraria mesmo na baliza se o elemento interferente não impede a bola de o fazer. Não pode haver dúvidas, nem os árbitros podem achar que "era possível" que a bola entrasse.
Como me parece claro, se a bola está muito distante da baliza, muito dificilmente esse julgamento pode ser feito em plena consciência, salvo algum caso excepcional. Mas com a bola muito perto da baliza, dá para se ter noção se ela "com certeza entraria", pelo que se deve validar o golo.

Não é tão impensável assim isto acontecer... Extremamente raro, mas não impensável. Num jogo meu, há uns anos, caiu um candeeiro que se desprendeu do tecto. Por acaso não acertou em nada nem em ninguém, mas se o imaginarmos a acertar na bola quando esta ia para a baliza deserta, eu teria de validar o golo...

4 comentários:

Jorge Almeida disse...

Sr. Eng.,

após algum tempo em que os meus afazeres profissionais não me deram muito tempo para consultar o seu blogue, aqui estou.

Espero que essa sua saúde esteja a 100 % (ou, pelo menos, a caminho disso ...).

Por falar em coisas que caiem dos tetos, já vi acontecer um bola bater na barra, e subir tanto que bate no candeeiro que estava imediatamente por cima da área de baliza, contribuindo para a queda do candeeiro em plena área.

Só deu tempo para o GR e o árbitro de baliza fugirem dali para não serem atingidos por algum estilhaço.

Pormenor: Lá em cima, o candeeiro tinha tanto pó acumulado que, quando bateu cá em baixo, o pó levantou-se todo, e era de tal maneira que ver o GR e o árbitro de baliza a saírem dali mais parecia a cena do D. Sebastião a sair do nevoeiro.

Carlos Capela disse...

Boa tarde, Jorge. bem vindo de volta! :)

Eu também não tenho tido vida muito fácil, como se vê pelo espaçamento dos últimos posts... fisicamente, digamos que estou pronto para outra! Obrigado pela preocupação...

Estas situações são sempre perigosas. Na situação que me aconteceu, o jogo esteve cerca de 20 minutos parado para se limpar convenientemente o piso, para todos os estilhaços serem todos removidos.

Mas sabe o que é pior que pó nos candeeiros, que está lá em cima e não se vê? É a falta de higiene em algumas instalações. Há sítios incríveis! Aí, somos todos D. Sebastiões mas é a querer sair de lá...

Jorge Almeida disse...

Olhe que já tive jogos, em Encontros Nacionais, que decorreram em ringue com o piso em cimento todo rachado e cheio de pó. Se o ringue não era limpo, está a ver a higiene, né?

Também em Encontros Nacionais, já tive jogos a serem disputados em pavilhão que não tinha linhas laterais, com balizas com postes da mesma cor do piso e do muro que separava o campo da bancada, e que os chuveiros do balneário estavam a 1,50 metros de altura do chão, para não falar que o banco era na bancada (à lá futebol inglês). Também a preocupação pela higiene não abundava nesse sítio.

Refiro que foi durante Encontros Nacionais, pois a organização destes torneios era da responsabilidade da FAP, que deveria ter tido mais cuidado com a homologação dos pavilhões a serem usados para provas oficiais.

Jorge Almeida disse...

Sr. Eng.,

agora uma dúvida acerca das regras.

Estou a ver uma partida do Mundial masculino (das que não passarão na Sport TV), e aconteceu dum jogador estar a bater a bola, mas perdeu contacto com ela, sendo que a bola ficou parada no chão sem ser tocada por alguns segundos, em que foi movimentada por um companheiro de equipa.

Com a bola parada nestas condições, isso não pode ser considerado posse de bola daquele jogador? Ou seja, se, nestas condições, a bola estiver parada mais do que 5 segundos, esse facto não é considerado falta atacante?