Hoje esclareço mais uma questão relativa à aplicação das regras, neste caso no lançamento de saída (o recomeço do jogo no meio campo após golo) .
Posso dividir esta questão em 2 partes, e neste post falo apenas do posicionamento dos colegas da equipa do executante.
A regra diz que:
10:3 O lançamento de saída é executado em qualquer direcção a partir do centro do terreno de jogo.
(...)
Não é permitido aos companheiros de equipa do executante cruzar a linha central antes do sinal de apito (15:6).
Basicamente, isto quer dizer que o lançamento de saída pode ser dividido em 2 tempos:
- ANTES DO APITO
Os colegas de equipa do executante têm de estar OBRIGATORIAMENTE no seu próprio meio campo. TODOS!
- DEPOIS DO APITO
É indiferente o posicionamento dos colegas da equipa do executante.
Eles PODEM atravessar a linha de meio campo e pela regra 10:3 (1º período), comprova-se que o lançamento de saída PODE ser executado PARA A FRENTE, ou seja, para colegas que JÁ ULTRAPASSARAM a linha de meio campo APÓS o apito, e ANTES do executante largar a bola!
A regra 10:3 remete-nos para a regra 15:6, que diz o seguinte:
15:6 As infracções cometidas pelo executante ou pelos companheiros antes da execução de um lançamento, tipificadas nas posições incorrectas ou tocar a bola por parte de um companheiro, implicarão uma correcção.
Quer isto dizer que o árbitro deve corrigir um eventual posicionamento errado, se ainda não tiver apitado.
5 comentários:
Uma publicação muito util.
Penso que seria de desconhecimento quase geral.
BM
Obrigado!
Tento aproveitar este tipo de situações, que provocam bastantes dúvidas nos jogos, para esclarecer aqui.
Sr. Eng.,
fora de tópico.
Sobre a situação em que a bola vai para a baliza, mas que, entretanto, acabou o tempo de jogo ...
A regra está como está, isso nem se discute (ainda na semana passada aconteceu isso num jogo da Liga dos Campeões Masculina), mas não me parece que tenha lógica, nem que seja muito fácil de verificar onde a bola estava no momento do apito.
Não tem muita lógica, especialmente se compararmos com a regra dos livres de 9 metros executados já com o tempo de jogo esgotado. Nessa situação, a buzina apitou e a bola nem sequer saiu da mão do executante, quanto mais atravessar a linha de baliza. No entanto, e quanto a mim bem, se do livre executado resultar que a bola ultrapassou completamente a linha de baliza, e assinalado golo.
Veja bem, neste tipo de situações, a bola só atravessa a linha de baliza depois da buzina apitar, no entanto, ao contrário da situação que aconteceu no passado fim-de-semana, é assinalado golo.
Acho que seria mais fácil de verificar para os árbitros se a regra, em vez da posição da bola no momento do apito, valorizasse o facto de ter saído, ou não, da mão do rematador. Penso que haveria lugar a menos dúvidas.
Sr. Eng.,
nem de propósito face ao meu comentário anterior ...
http://blogs.cope.es/derosca/2011/03/02/la-ehf-aprobara-utilizar-nuevas-tecnologias-en-los-partidos/
A situação que despoletou isto parece ter sido o protesto da equipa que se considerou "ofendida" no tal jogo da Liga dos Campeões.
Não é uma questão de criar dúvidas nos árbitros, mas sim do que é justo ou não para as equipas...
Num dos próximos posts abordo esta questão.
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