segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ÉPOCA 2011/2012 - Falta Atacante

Outro aspeto das regras ao qual nos foi dada a indicação para que se tome especial atenção é a falta atacante.
A tendência para "beneficiar" o ataque (salvo seja, não quero ser mal interpretado!) existe, em especial nos árbitros com menor experiência, porque é mais "cómodo" ou "menos polémico" assinalar uma falta aos 9m quando há dúvidas em determinada situação.

A melhor forma de um árbitro se precaver contra grande parte das ocorrências deste género é apostar numa melhor colocação e movimentação em campo. Procurar ver sempre o espaço entre os jogadores é a melhor maneira de detetar quem é o infrator nos momentos de dúvida, porque a visão do lance é melhor. No entanto, como em várias outras situações, basta um instante, um movimento de um atleta, alguém que passe à frente, e é impossível tomar uma decisão 100% acertada porque o campo de visão fica pura e simplesmente bloqueado.

Há 3 situações que mais acontecem nos jogos:
  1. Jogadores sem bola (zona do pivot e entradas a 2º pivot sem bola);
  2. Prisão do braço do defesa por parte do atacante;
  3. Ação do atacante após libertar a bola.
Contudo, é preciso tomar atenção também às simulações. Num campo de andebol não pode haver lugar para atores, porque isso é um sinal de desrespeito para com árbitros, adversários e até espetadores. Quem vai ao jogo, espera ver um jogo limpo, leal, e não condutas antidesportivas.
Dessa forma, os jogadores simuladores devem ser severamente punidos por tentarem enganar todos os presentes no pavilhão.

Recordo-me de um lance de Iker Romero, que faz uma simulação claríssima e que, no meu entender, mereceria sanção disciplinar. Este é o link:

Este é o momento em que Iker Romero começa o seu "movimento de simulação". O espaço entre ambos é esclarecedor quanto à existência (?) de contacto.


6 comentários:

Anónimo disse...

A jogada ilustrada pela foto é claramente de uma falta atacante.
O jogador leva o ombro à frente pretendendo afastar o adversário que estará parado e tomado a "primeira posição".

Carlos Capela disse...

Permita-me discordar em absoluto... aliás, usei este exemplo porque não encontrei nenhum mais claro do que é uma simulação!
Veja o vídeo e vai ver como muda de opinião...

Anónimo disse...

Tem razão, Carlos.

À primeira vista parece não haver dúvida tratar-se de falta do atacante.
Não é, efectivamente.
A simulação faz o trabalho todo. Ou seja, retira ao atacante o "direito" à pretendida falta.

Carlos Capela disse...

E este é um caso claro de uma situação gritante em que o simulador deveria ter sofrido uma sanção disciplinar... é que ainda por cima o teatro é de péssima qualidade!

Jorge Almeida disse...

Sr. Eng., ainda com a falta atacante: Ainda ontem vi na TV um caso duma falta assinalada ao atacante ponta direita duma equipa em que a falta consistiu num choque entre atacante e defesa, em que ambos estavam no ar. Ou seja, o defesa também saltou de encontro ao atacante, logo estava em movimento. Nesses casos, não estou a ver como é que ocorreu uma falta atacante.

Pareceu-me uma distracção momentânea da dupla de arbitragem, em conjunto com a nítida distracção do árbitro de baliza num golo mal anulado num jogo que passou na TV há algumas semanas. Nesse caso, a distracção foi tal que, quando a bola bateu na barra e entrou (claramente) na baliza, o árbitro de baliza estava quase na marca dos 4 metros ...

Carlos Capela disse...

Quanto à situação da falta atacante, claro que se há movimento do atacante de encontro ao defesa, a ser marcada falta, deve ser ao defesa. Não posso falar especificamente desse lance, porque não o vi...

No que respeita ao golo, muitas vezes o posicionamento do árbitro depende da dinâmica do próprio jogo. Há momentos em que sabemos que estamos mal colocados, mas acaba por ser a melhor posição possível. Por exemplo, quando há uma defesa mista, o nosso posicionamento altera-se para "minimizar erros", embora saibamos que essa mudança acarreta falhas de posicionamento relativamente a outras situações.