segunda-feira, 5 de abril de 2010

LIMITES DO CAMPO - 3

Permitam-me voltar atrás na sequência de temas, só neste post.

Vou continuar a falar de violações, mas à procura de uma imagem ou um vídeo que pudesse ajudar-me a ilustrar o que queria dizer, surgiu-me esta situação, ainda relativa aos limites do campo.

Atentemos na seguinte imagem.
A verde estão os árbitros. Bem colocados, a todos os níveis, no meu entender. Um bom exemplo.

Mas não é do posicionamento dos árbitros que quero falar, mas sim do jogador que está dentro da elipse vermelha. E como é que ele está? Fora do campo! Na melhor das hipóteses, tem um pé sobre a linha. Este jogador, se a bola lhe for endossada e ele partir para a baliza, vai tirar vantagem por partir fora do campo, podendo assim ganhar mais velocidade e, consequentemente, mais ângulo.

O árbitro deve, primeiro, solicitar ao jogador que entre dentro das 4 linhas. Se este não cumprir a indicação, deve ser assinalado lançamento livre contra a sua equipa.

8 comentários:

Jorge Almeida disse...

Sr. Eng.,

1º) há algo nas regras que impeçam os jogadores que estão nos bancos de suplentes de fazerem aquecimento muscular enquanto a partida decorre?

A minha pergunta serve para tentar perceber porque é que os treinadores não mandam os jogadores que estão no banco de suplentes fazerem aquecimento muscular enquanto a partida decorre, mesmo havendo espaço mais que suficiente para isso.

O aquecimento muscular previne imensas lesões musculares.

2º) Não sei se a questão que ponho a seguir será melindrosa. Se o for para si, não responda, que é compreensível. No entanto, não posso deixar de perguntar.

Como deve saber, manda o "Regulamento Geral da FAP e Associações", no seu ponto 9.2.2 do Título 12 (página 240 do link http://213.134.51.44/publishing/img/home_275/fotos/50867247541503210614.pdf) que os clubes que estão a disputar a PO01 e a PO09 "são obrigados a fornecer à FAP uma cópia" do registo de vídeo do jogo, no prazo máximo de 3 dias úteis.

Alguma vez solicitou à FAP o registo vídeo dos jogos da PO01 e da PO09 que já arbitrou, no sentido de avaliar a sua prestação no campo de jogo à posteriori?

Tem conhecimento de (mais) alguém que proceda dessa maneira?

3º) Uma pergunta dum mero adepto de andebol para outro adepto de andebol:

Manda o Regulamento Geral da FAP e Associações, no artigo 61º do Título 11 (página 188 do link http://213.134.51.44/publishing/img/home_275/fotos/50867247541503210614.pdf) que os clubes tenham autorização da FAP para cobrar bilhetes à entrada de cada jogo.

Das vezes que tive de pagar bilhete para assistir aos jogos, nunca por nunca vi afixada, na bilheteira, tal autorização. Não acha que os clubes têm de afixar tal autorização nas bilheteiras, num sítio visível?

(Sei que isto não é atribuição dos árbitros, mas do delegado ao jogo da entidade organizadora da prova, e, na ausência deste, do oficial de mesa. Os árbitros têm mais que fazer que estar a verificar estes "pormenores")

Carlos Capela disse...

Boa tarde, Jorge.
Respondendo às suas perguntas...

1) O ponto 5 do Regulamento da zina de substituições tem um excerto que diz que:

"(...) Em princípio, os jogadores na zona de substituição devem permanecer sentados no banco de equipa.
Os jogadores estão porém autorizados a:
- moverem-se atrás do banco para fazer o aquecimento, sem bola, desde que exista espaço suficiente e não perturbem. (...)"

Podem fazê-lo, desde que estejam a aquecer. Como não faz sentido estarem a aquecer o tempo todo, no restante têm obrigatoriamente de estar sentados.

2) Esta questão não é melindrosa, de forma alguma. Já solicitei vídeos dos meus jogos, sim. E sei que há outros colegas meus que o fazem.

3) Esta vou ser sincero, não faço a mínima ideia! Por norma nós nem entramos pela mesma porta do público em geral, pelo que poucas vezes passamos pela bilheteira. Mas admito que nunca pensei nesta questão.

Anónimo disse...

Uma dúvida em relação ao comentário sr. Capela.
Só assinalaram livre contra a equipa que ataca se esse jogador que parte fora do campo receber a bola certo? Caso não chegue lá a bola não deve ser assinalado livre.. espero não estar equivocado.
Abraço

Carlos Capela disse...

Neste assunto convém fazer uma análise ao contexto do jogo. Não vamos inverter o sentido de jogo só porque o jogador esteve uns segundos fora do campo se não tiver interferência no desenrolar do jogo, ou porque parte para a bola com 1cm de pé fora da linha.
Contudo, se estiver claramente fora e tiver evidente interferência no jogo, deve-se inverter o jogo.
Além disso, repito que o árbitro deve solicitar ao jogador que respeite as linhas do jogo.
Este não costuma ser um aspecto crítico nos jogos, mas pontualmente ocorre.

Espero ter esclarecido alguma coisa...
Um abraço.

Jorge Almeida disse...

Sr. Eng.,

obrigado pelas respostas que deu.

Não estou contra a cobrança de bilhetes. Quando o espectáculo é bom, deve ser cobrado bilhete. Até porque tem de fazer face a despesas, como a manutenção/aluguer do pavilhão, as vossas compensações por deslocação, o reforço policial, etc ...

No entanto, fiquei espantado quando há clubes que cobram bilhetes nuns jogos, e não cobram noutros. Até parece que é porque se lembraram ...

Ora, isso não pode ser só porque se lembraram de cobrar. O espectáculo é proporcionado pelas 2 equipas e, até, pela dupla de arbitragem (quando arbitra bem, claro está!). É justo que a equipa que vem de fora receba alguma contrapartida pelos bilhetes cobrados, especialmente aos seus adeptos que se deslocaram aquele pavilhão.

Ora, se a FAP não tem conhecimento de que foram cobrados bilhetes, como é que o clube que vem de fora vai ter conhecimento antecipado da cobrança de bilhetes? Só vai quando os seus adeptos que quiserem ver o jogo chegarem ao pavilhão ...

Carlos Capela disse...

Compreendo perfeitamente o que diz.

Sou a favor da cobrança de bilhetes, porque quem vai a um pavilhão apoiar uma equipa é porque gosta dela. E se gosta dela, com certeza que não se importa de contribuir um pouco.
Claro que nem falo dos preços que se praticam no futebol, que são valores quase obscenos para a realidade do país e do mundo, mas concordo com a cobrança de bilhetes.

É um assunto que poderá merecer alguns cuidados de legislação, mas não ponho a foice em seara alheia...

Jorge Almeida disse...

Sr. Eng.,

1º) o preço dos bilhetes tem um máximo de 15 € imposto pelos regulamentos de competição de cada uma das provas oficiais organizadas pela FAP.

E, pelo que me lembro, nunca paguei um bilhete acima desse valor.

2º) outro assunto "off-topic", mas este tem mais a ver com a arbitragem.

Sempre que vejo jogos da Liga dos Campeões, especialmente os que se jogam em casa do Montpellier e do Kiel, reparo na animação do pavilhão, que puxa do microfone e começa a puxar pela sua equipa com o jogo a decorrer (caso queira ver algum exemplo dos jogos acerca dos quais aqui escrevo, é favor visitar o sítio da internet www.ehftv.com).

No entanto, e como já acompanho o andebol há mais de 20 anos, lembro-me dum episódio que aconteceu com um meu amigo, que estava a fazer a animação do jogo Espanha - Islândia, disputado em Caminha, a contar para o Mundial 2003, em que esse meu amigo levou uma "descasca" da organização só porque, a dada altura, pegou no microfone e começou a gritar "Espanha, Espanha" com o jogo a decorrer.

O que é que, ao certo, dizem as regras acerca dos "animadores de pavilhão" quando o jogo está a decorrer?

Será que, desde 2003 até ao presente, neste aspecto, as regras mudaram?

Acho extremamente interessantes os ambientes em que o publico puxa pela sua equipa sem pressionar o adversário (o ambiente, quer em Kiel, quer em Montpellier, é extremamente interessante), mas acho ainda mais interessante que as mesmas regras sejam aplicadas a toda a gente. Não podem uns ser filhos, e outros enteados.

Carlos Capela disse...

Não faz sentido haver animadores a puxar por uma das equipas enquanto o jogo decorre.
Por isso é que a esmagadora maioria das vezes eles aproveitam os tempos mortos, como as paragens e as reposições de bola após golo. Aí sim, acho um bom espectáculo! Durante o jogo, acaba até por desconcentrar.